... da totalidade das coisas e dos seres, do total das coisas e dos seres, do que é objeto de todo o discurso,
da totalidade das coisas concretas ou abstratas, sem faltar nenhuma, de todos os atributos e qualidades,
de todas as pessoas, de todo mundo, do que é importante, do que é essencial, do que realmente conta...


Em associação com Casa Pyndahýba Editora
Ano IV Número 43 - Julho 2012

TUDA

My photo
Revista de Poesia, Literatura & Artes, desde Janeiro de 2009.

Foreign Word - Torquato Neto

Marginalia
Ilustração de Vitaly S Alexius

II

translated by Eduardo Miranda
I, Brazilian, confess
My fault, my sin
My desperate dream
My top-secret file
My afflictedness

I, Brazilian, confess
My fault, my exile
The everyday demagogy
Tropical melancholy
Dark loneliness

Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here is the end of the world

Here, the Third World
Asks the blessing, pray the psalm
Among waterfalls, palm
Mango and banana trees
By the linnet's singing

Here, my panic and glory
Here, my salvation and doom
I well know my history
It starts at the full moon
And it ends before the ending

Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here is the end of the world

My land has palm trees
Where the wind spells the breath
of hunger, fear and more
Especially death
Olele, Lala

The bomb explodes outside
And now, what I'll fear?
Oh, oui, we have bananas
Even to give and sell
Olele, Lala

Here is the end of the world
Here is the end of the world
Here is the end of the world

Marginália II

Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu pecado
Meu sonho desesperado
Meu bem guardado segredo
Minha aflição

Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu degredo
Pão seco de cada dia
Tropical melancolia
Negra solidão

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

Aqui, o Terceiro Mundo
Pede a bênção e vai dormir
Entre cascatas, palmeiras
Araçás e bananeiras
Ao canto da juriti

Aqui, meu pânico e glória
Aqui, meu laço e cadeia
Conheço bem minha história
Começa na lua cheia
E termina antes do fim

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

Minha terra tem palmeiras
Onde sopra o vento forte
Da fome, do medo e muito
Principalmente da morte
Olelê, lalá

A bomba explode lá fora
E agora, o que vou temer?
Oh, yes, nós temos banana
até mesmo pra dar e vender
Olelê, lalá

Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo

No comments:

Post a Comment